sábado, 11 de setembro de 2010

Fábrica de vinil resiste ao tempo!

Fábrica de vinil resiste ao tempo no Rio

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ADRIANA FERREIRA SILVA
LUIZ FERNANDO VIANNA
da Folha de S.Paulo

Se o novo disco de Caetano Veloso chegar aos pick-ups de DJs europeus e às boates da moda de São Paulo e Rio, carregará um pouco da poeira da Baixada Fluminense. A versão em LP de "Cê" foi prensada no município de Belford Roxo, na última fábrica de vinis em atividade no Brasil, a Poly Som.

Caetano é um nome de primeira linha que se integrou à turma dos que não querem deixar o vinil morrer. Está do lado de Los Hermanos, Nando Reis, Ed Motta e outros que têm lançado seus discos também em LP. O objetivo principal é fazê-los chegar às pistas de dança, pois DJs que se prezam preferem as grandes bolachas. Sorte da Poly Som, que assim consegue sobreviver, apesar das dificuldades. Em 2004, a fábrica produziu 43 mil discos. Em 2005, foram 32 mil. Até julho deste ano, só 12,4 mil.

"Houve uma queda enorme, mas continuamos trabalhando. Só que também temos de fazer outros produtos de plástico, como copos", diz a gerente Luciana Carvalho, 30. Segundo ela, a maior parte das encomendas vem de bandas de rock. Em segundo lugar estão os rappers.

Na contramão da história, a Poly Som foi criada em 1999 por Nilton José Rocha, que trabalhava há 30 anos no meio fonográfico. Ele construiu uma linha de montagem capaz de produzir até 5.000 LPs por dia. Chegava perto disso até 2001, enquanto recebia pedidos de igrejas evangélicas. Depois que elas passaram para os CDs, as encomendas minguaram.

A maioria das gravadoras prefere fazer o corte (a feitura do disco) no exterior, deixando com a Poly Som apenas a prensa (a reprodução das matrizes). Como o produto é caro --"Cê" sairá por R$ 84--, os LPs geralmente têm fins promocionais, sendo distribuídos a DJs.

Sucesso nas pistas

"Os DJs foram responsáveis por essa volta do vinil de forma mais popular, mas os audiófilos nunca o deixaram", conta o cantor e compositor Ed Motta.

Parte do enorme sucesso de Vanessa da Mata se deve ao vinil, pois a versão remix de "Ai, Ai, Ai" estourou nas pistas. A cantora é daquelas que têm o fetiche do chiado: gosta até do barulhinho que o atrito da agulha com a bolacha provoca.

"O CD inibe os graves e agudos, comprime tudo, é menos humano. Com o LP, parece que a música está sendo tocada na sua sala", exalta Vanessa.

A revelação Céu é outra apaixonada que terá uma cota de LPs no próximo disco. "Sou a favor da resistência do vinil. É um som maravilhoso, com os graves mais encorpados, e um objeto de muito valor, que não se pode copiar", diz.

A Warner, que lançará o disco de Céu, já fez o mesmo com O Rappa e Maria Rita. A Sony BMG fez com Marcelo D2, Jota Quest e Los Hermanos --que vende o LP de "4" nos shows.

Pitty, Black Alien, Marcelinho da Lua, Negra Li, Cabal e Leilah Moreno são outros integrantes do time. Quando o assunto é hip hop, LP é lei.

"Se não lançar hip hop em vinil, comercialmente não funciona. O vinil traz credibilidade, demonstra que o DJ tem mais conhecimento cultural", diz DJ Hum, que vendeu 1.500 cópias do compacto de "Senhorita", de seu grupo, o Motirô.

"O hip hop começou com o DJ e isso se mantém até hoje. É cultural", endossa KL Jay, DJ do grupo Racionais MCs.

No Brasil, a indústria de eletroeletrônicos não produz mais toca-discos e agulhas. Tudo tem que ser importado. O setor fonográfico não pesquisa o segmento desde 96. No mercado internacional, ele entra na gaveta "outros meios físicos", ao lado de fitas cassete e VHS. De 2004 para 2005, as vendas caíram 30%: US$ 531 milhões para US$ 372 milhões.

A provável história do vinil


O disco de vinil, conhecido simplesmente como vinil, ou ainda Long Play (LP) é uma mídia desenvolvida no início da década de 1950 para a reprodução musical, que usava um material plástico chamado vinil.
Trata-se um disco de material plástico (normalmente cloreto de polivinila, ou PVC), usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, as quais podem ser reproduzidas através de um toca-discos. O disco de vinil possui micro-sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar. Essa vibração é transformada em sinal elétrico. Este sinal elétrico é posteriormente amplificado e transformado em som audível (música).
O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode tornar-se uma falha, a comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção (conhecidas, vulgarmente, como capa de dentro e de fora). A poeira é um dos piores inimigos do vinil, pois funciona como um abrasivo, a danificar tanto o disco como a agulha.

E MAIS:
O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações - RPM (rotações por minuto) -, que até então eram utilizados. Os discos de vinil são mais leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio (que deve ser feito sempre pelas bordas). Mas são melhores, principalmente, pela reprodução de um número maior de músicas - diferentemente dos discos antigos de 78 RPM - (ao invés de uma canção por face do disco), e, finalmente, pela sua excelência na qualidade sonora, além, é lógico, do atrativo de arte nas capas de fora.

Discos de vinil
A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX. No Brasil, artistas que pertencem a grandes gravadoras, gravaram suas músicas em LP até 1997, e aos poucos, o bom e velho vinil saía das prateleiras do varejo fonográfico.
Alguns audiófilos ainda preferem o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD. O curioso é que a FNAC, e outras lojas da especialidade ainda têm uma pequena seção com discos em vinil que são, contemporaneamente, editadas por alguns (muito poucos) artistas/bandas.

Tipos

Durante o seu apogeu, os discos de vinil foram produzidos sob diferentes formatos:
  • LP: abreviatura do inglês Long Play (conhecido na indústria como, Twelve inches--- ou, "12 polegadas" (em português) ). Disco com 31 cm de diâmetro que era tocado a 33 1/3 rotações por minuto. A sua capacidade normal era de cerca de 20 minutos por lado. O formato LP era utilizado, usualmente, para a comercialização de álbuns completos. Nota-se a diferença entre as primeiras gerações dos LP que foram gravadas a 78 RPM (rotações por minuto).
  • EP: abreviatura do inglês Extended Play. Disco com 17 cm de diâmetro e que era tocado, normalmente, a 45 RPM. A sua capacidade normal era de cerca de 8 minutos por lado. O EP normalmente continha em torno de quatro faixas.
  • Single ou compacto simples: abreviatura do inglês Single Play (também conhecido como, seven inches---ou, "7 polegadas" (em português) ); ou como compacto simples. Disco com 17 cm de diâmetro, tocado usualmente a 45 RPM (no Brasil, a 33 1/3 RPM). A sua capacidade normal rondava os 4 minutos por lado. O single era geralmente empregado para a difusão das músicas de trabalho de um álbum completo a ser posteriormente lançado .
  • Máxi: abreviatura do inglês Maxi Single. Disco com 31 cm de diâmetro e que era tocado a 45 RPM. A sua capacidade era de cerca de 12 minutos por lado.

Ficheiro:33, 45 e 78 rotações.PNG

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Analógico X digital


Diferenças entre os principais formatos de discos
Os discos de goma-laca de 78 rotações, foram substituídos pelo LP. Depois o CD tomou o lugar de destaque do LP, pois teve ampla aceitação devido sua praticidade, seu tamanho reduzido e som, aparentemente, livre de ruídos. A propaganda do CD previa o fim inevitável do LP, que é de manuseio difícil e delicado. Na verdade, décadas após a criação dos CDs os discos de vinil ainda não foram totalmente aposentados.
Entusiastas defendem a superioridade do vinil em relação às mídias digitais em geral (CD, DVD e outros). O principal argumento utilizado é o de que as gravações em meio digital cortam as frequências sonoras mais altas e baixas, eliminando harmônicos, ecos, batidas graves, "naturalidade" e espacialidade do som. Estas justificativas não são tecnicamente infundadas, visto que a faixa dinâmica e resposta do CD não supera em todos os quesitos as do vinil. Especialmente quanto se trata de nuances que nos sistemas digitais são simulados através de técnicas de dithering.
Os defensores do som digital argumentam que a eliminação do ruído (o grande problema do vinil) foi um grande avanço na fidelidade das gravações. Os problemas mais graves encontrados com o CD no início também foram aos poucos sendo contornados. Os sucessores do CD, o DVD-Audio e o SACD, oferecem largura de banda e amostragens superiores ao CD, apesar de sua baixa penetração no mercado, devido à proliferação do mp3, um formato digital independente de mídia, mas com notáveis perdas de qualidade de som devido aos algoritmos de compactação de dados.
Até hoje se fabrica LP e toca-discos, que ainda são objetos de relíquia e estima para audiófilos e entusiastas de música em geral.

LP, CD e Single
Uma curiosidade: o disco de vinil não precisa de um aparelho de som propriamente para ser "tocado". Pode-se experimentar colocar o disco rodando sem áudio, com as caixas de som desligadas. Conseguir-se-á, então, ouvir o disco, pois seu princípio de funcionamento se baseia na vibração da agulha no sulco (espiralado, como um velódromo, tendendo ao infinito como uma linha reta) dentro das ranhuras, que nada mais são do que a representação frequencial do áudio em questão. Mas hoje devido a questão de fácil cópia dos CDs muitas bandas (principalmente Rock) estão lançando seus álbuns novamente em Vinil para evitar a pirataria.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Mirianês Zabot

Mirianês Zabot, nascida em abril de 1981 no Rio Grande do Sul, iniciou na música em 1994, apresentando-se em festivais e cantando na noite em bares e eventos.



Passou a fazer parte do Coral Municipal de São Domingos do Sul e, mais tarde, do Coral da Universidade de Passo Fundo.



Integrou as bandas de baile Santa Mônica, Ritual Show e Inovação Arte & Show, fez parte também de bandas como The Cover Band (de disco e pop-rock), Flor de Cactos (de MPB), Rastureza (de Reggae), Maria do Cangaço (de Forró), do quarteto Vitor, Lara, Giu e Mirianês e o grupo vocal Tebanos do Igaí. Participou de diversos trabalhos nas bandas Agência, Aplauso, Trilhas, Tahoma e Opus Triu.



Apresentou-se também com diversos músicos e participou em gravações. Paralelamente, estudou violão, canto e teoria musical com vários professores. Além de técnica vocal na Universidade de Passo Fundo - RS.



Em 2006, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde estudou canto na EM&T e também com as cantoras Izabel Padovani e Pat Escobar. Escreveu críticas de Cds, para a revista Cover Baixo e fez parte do Coral da Rede Globo de Televisão nos Carnavais de 2008 e 2009.



Participou também do OctOpus I, Cd solo de Galdino, violinista d ' O Teatro Mágico, cantando a música Hedonista. E do Cd Seres de Luz II de Maurício Grassmann, cantando as músicas Lara e Paisagens Agnianas, esta ao lado do violonista Eduardo Agni. E ainda da gravação do DVD Pindorama de Willians Marques, percussionista d ' O Teatro Mágico.



Gravou Vamos Todo Mundo, como cantora convidada, ao lado de grandes nomes da nossa música, a canção-tema brasileira da Marcha Mundial Pela Paz e Não-Violência, que é um evento planetário planejado pelo Movimento Humanitarista.



Participou, como free lancer, do espetáculo teatro-musical Flores Sertanejas (de moda de viola), pelo Circuito Cultural Paulista. E da gravação das músicas, Tiê-tiê e Blues do Anoitecer, da trilha sonora original, composta por Cauê Procópio, para a peça infantil O Rio o Poeta e a Cidade. Apresentou-se , como convidada no Show de Cauê Procópio na Virada Cultural Paulistana 2010.



Recebeu prêmio de 4º lugar, com interprete da música Vita, Vitalino (Sandro Dornelles e Luis Pimentel) no festival FEMUP – Paranavaí – PR.



É professora de canto e musicalização infantil, atua também como cantora em shows e gravações.



Atualmente lança seu primeiro CD e DVD Mosaico Foto-Prosaico, produzido por Itamar Collaço (Zimbo Trio e Triálogo) e pela própria cantora.



Mosaico Foto-Prosaico, traz no repertório canções inéditas de novos compositores, e também algumas releituras de nomes já consagrados como Paulo Cesar Pinheiro e Paulinho Tapajós. Ao lado de Itamar Collaço (contrabaixo), Marinho Boffa (piano) e Percio Sapia (bateria), passeia por diversos ritmos musicais, como samba, baião, afoxé, e outros.



O CD Mosaico Foto-Prosaico conta ainda com distribuição, no Brasil e exterior, pela Tratore. A faixa “½% de Tristeza” (Alexandre Florez), deste disco, passou a fazer parte também da Coletânea Tratore – O Fator Guanabara, lançada recentemente com exclusividade Nokia, ao lado de artistas como Johnny Alf, Carlos Lyra, Ithamara Koorax, Conrado Paulino, Mateus Sartori e outros.



Mesmo com o recente lançamento de seu primeiro disco de carreira, o mesmo vem chamando a atenção, e a cantora sendo convidada para vários shows, entrevistas em programas de Tv e rádio, além de matérias em jornais e sites. Seu CD e DVD tem sido executados em rádios e TVs.



Em sua trajetória musical, Mirianês Zabot, apresentou-se em inúmeras cidades do país, em casas como Centro Cultural São Paulo, Terraço Itália, Teatro da Vila, Ao Vivo Music, Villaggio Café, Morumbi Hall, Casa de Cultura do Butantã, Teatro da UNESP, Lua Nova & Arte Bar, Magnólia Villa Bar, em São Paulo - SP, Othon Palace, no Rio de Janeiro – RJ, Teatro Aramaça, em Santo André - SP, Photozofia, em São Francisco Xavier – SP, Pinacoteca Benedito Calixto, em Santos – SP, Teatro Múcio de Castro, Clube Juvenil, Clube Comercial, em Passo Fundo – RS, Café Coletânea, em Porto Alegre – RS, Fundação Cultural de Paranavaí – PR, entre outras tantas apresentações.



Seu show Mosaico Foto-Prosaico, foi também, selecionado pelo edital do Banco do Nordeste, para circuito de shows em seus Centros Culturais de Fortaleza – CE, Cariri e Sousa – PB e pelo edital do X Festival de Inverno de Amparo – SP.